Estrada Idílica
Na estrada do sol,
Na estrada idílica,
Passam casas e seus
jardins matinais,
Passam ruas,
pontes, asas,
chuvas, ventos...
As aleias e o aroma acre
de frutos fermentados,
Cadáveres putrefatos
de animais lacerados.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2015
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
Natal Triste
Um abutre espreita a morte agonizante
de fome de mais uma criança africana,
abandonada à própria sorte,
A famigerada indústria armamentista
recrudesce...
Milhões de refugiados das guerras,
da fome e da sede,
São submetidos a uma Via Sacra
de humilhações,
Há poderosas Nações e suntuosas
Catedrais,
Há tráficos, há luxúrias e há traições,
Há misérias e injustiças de todos
os matizes,
Mas há esperanças:
Os que têm sede e fome de justiça,
jamais desistirão.
O tempo dirá...
Um abutre espreita a morte agonizante
de fome de mais uma criança africana,
abandonada à própria sorte,
A famigerada indústria armamentista
recrudesce...
Milhões de refugiados das guerras,
da fome e da sede,
São submetidos a uma Via Sacra
de humilhações,
Há poderosas Nações e suntuosas
Catedrais,
Há tráficos, há luxúrias e há traições,
Há misérias e injustiças de todos
os matizes,
Mas há esperanças:
Os que têm sede e fome de justiça,
jamais desistirão.
O tempo dirá...
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
A Nossos Pais
Obrigado Mãezinha,
Por ter nos gerado em teu ventre,
Quando pequenos, nos nutria
em teus doces seios.
Fostes uma mãe extremosa,
Vigiavas noite e dia,
E apesar da carga que recaia
sobre teus ombros,
Ainda fostes pacientes
com nosso Pai...
Obrigado Pai,
pelas noites insone
Muitas vezes não compreendíamos
tuas ânsia e fragilidades,
Mas também fostes um pai
e um esposo zeloso.
Obrigado Mãezinha,
Por ter nos gerado em teu ventre,
Quando pequenos, nos nutria
em teus doces seios.
Fostes uma mãe extremosa,
Vigiavas noite e dia,
E apesar da carga que recaia
sobre teus ombros,
Ainda fostes pacientes
com nosso Pai...
Obrigado Pai,
pelas noites insone
Muitas vezes não compreendíamos
tuas ânsia e fragilidades,
Mas também fostes um pai
e um esposo zeloso.
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
Caminhos
São muitos os caminhos,
Caminhos que se aproximam,
Caminhos que se afastam,
Caminhos que se perdem
na imensidão dos espaços...
Caminhamos, caminhamos,
E deixamos muitas lembranças para trás,
Lembranças que passam com um silêncio de nuvens,
que se perdem no labirinto de nossas mentes confusas,
Lembranças que ficam marcadas, como marcas
de sangue em um muro de cal...
No decorrer desses anos varridos pelos ventos,
muitas lembranças ficam gravadas na poeira
das estradas de nossa longa caminhada,
E permanecem vivas na memória
para sempre.
São muitos os caminhos,
Caminhos que se aproximam,
Caminhos que se afastam,
Caminhos que se perdem
na imensidão dos espaços...
Caminhamos, caminhamos,
E deixamos muitas lembranças para trás,
Lembranças que passam com um silêncio de nuvens,
que se perdem no labirinto de nossas mentes confusas,
Lembranças que ficam marcadas, como marcas
de sangue em um muro de cal...
No decorrer desses anos varridos pelos ventos,
muitas lembranças ficam gravadas na poeira
das estradas de nossa longa caminhada,
E permanecem vivas na memória
para sempre.
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
quinta-feira, 5 de novembro de 2015
quinta-feira, 29 de outubro de 2015
Alma Azul
Minha alma é azul,
Minha alma é azul
como a flor púrpura,
Minha alma é azul
e gelada,
como o azul Polar,
Minha alma é azul
como o mar profundo,
Minha alma é azul
como o azul estelar,
Minha alma é triste
como um Blue,
Minha alma é azul
como um avatar,
Minha alma é azul
como Krishna,
A minha alma é azul.
Minha alma é azul,
Minha alma é azul
como a flor púrpura,
Minha alma é azul
e gelada,
como o azul Polar,
Minha alma é azul
como o mar profundo,
Minha alma é azul
como o azul estelar,
Minha alma é triste
como um Blue,
Minha alma é azul
como um avatar,
Minha alma é azul
como Krishna,
A minha alma é azul.
sexta-feira, 16 de outubro de 2015
Paz na Tribo
As estipes retilíneas das palmas,
qual flechas no chão,
As copas eretas, como cocares
emplumados,
Os túrgidos frutos pendentes
nos cachos, como túrgidos
seios das nativas...
As cunhãs acompanham os guerreiros
na dança Ritual,
Celebrando a fertilidade da tribo
e a colheita dos frutos...
Enquanto o sol escarlate
como o urucum,
d'oura a copa das árvores
e os corpos morenos adornados,
Os curumins recreiam
na água límpida do rio.
As estipes retilíneas das palmas,
qual flechas no chão,
As copas eretas, como cocares
emplumados,
Os túrgidos frutos pendentes
nos cachos, como túrgidos
seios das nativas...
As cunhãs acompanham os guerreiros
na dança Ritual,
Celebrando a fertilidade da tribo
e a colheita dos frutos...
Enquanto o sol escarlate
como o urucum,
d'oura a copa das árvores
e os corpos morenos adornados,
Os curumins recreiam
na água límpida do rio.
segunda-feira, 12 de outubro de 2015
O Pequeno Vilarejo
Os moradores do pequeno vilarejo,
viviam entediados com a pasmaceira.
Lembro-me que os antigos caminhões,
ainda eram acionados à manivelas...
Quando chegaram os primeiros caminhões
mercedes 'cara chata', causaram admiração,
Chico Sales ganhara a alcunha de Chico Fubica,
porque gostava de dirigir seu modelo
DKV fumacento,
O primeiro Oriental que ali aportara,
um 'viajante', pobre homem,
todos queriam admirá-lo!
Quando o caminhão amarelo dos Correios
passava na estrada, despertava
recordações dos que partiram
para bem longe...
Quando o carro da Laranjada chegava,
causava animação no pequeno vilarejo.
Os moradores do pequeno vilarejo,
viviam entediados com a pasmaceira.
Lembro-me que os antigos caminhões,
ainda eram acionados à manivelas...
Quando chegaram os primeiros caminhões
mercedes 'cara chata', causaram admiração,
Chico Sales ganhara a alcunha de Chico Fubica,
porque gostava de dirigir seu modelo
DKV fumacento,
O primeiro Oriental que ali aportara,
um 'viajante', pobre homem,
todos queriam admirá-lo!
Quando o caminhão amarelo dos Correios
passava na estrada, despertava
recordações dos que partiram
para bem longe...
Quando o carro da Laranjada chegava,
causava animação no pequeno vilarejo.
terça-feira, 29 de setembro de 2015
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
As Fontes
As pequenas fontes
são como pequenos veios
que brotam do coração da terra,
são como pétalas que brotam
do seio da Mãe Terra,
são como fios translúcidos,
de um translúcido Véu de Noivas,
Que seguem seu curso,
cumprindo os Ritos,
irrigando os frutos,
fomentando vidas,
Que se avolumam formando
enormes cataratas,
como enormes Catedrais,
que tocam a Sinfonia das Águas...
E continuam seu curso,
até repousarem tranquilas,
no leito dos Lagos,
ou no fundo dos Mares,
Retornando ao seio da Mãe Terra.
As pequenas fontes
são como pequenos veios
que brotam do coração da terra,
são como pétalas que brotam
do seio da Mãe Terra,
são como fios translúcidos,
de um translúcido Véu de Noivas,
Que seguem seu curso,
cumprindo os Ritos,
irrigando os frutos,
fomentando vidas,
Que se avolumam formando
enormes cataratas,
como enormes Catedrais,
que tocam a Sinfonia das Águas...
E continuam seu curso,
até repousarem tranquilas,
no leito dos Lagos,
ou no fundo dos Mares,
Retornando ao seio da Mãe Terra.
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
São Francisco
São Francisco de Assis, tão-humilde,
Pedia esmolas para distribui-las aos pobres.
Com as próprias mãos, reconstruiu a pequena
ermida de pedras abandonada,
para doar indulgências aos mais pobres,
mais humildes, e perdidos.
Santa Clara e seus discípulos o seguiram...
Era irmão da natureza e dos animais,
e na passagem do advento do Natal,
montava presepes, para louvar
o natalício do Menino Jesus.
São Francisco de Assis, tão-humilde,
Pedia esmolas para distribui-las aos pobres.
Com as próprias mãos, reconstruiu a pequena
ermida de pedras abandonada,
para doar indulgências aos mais pobres,
mais humildes, e perdidos.
Santa Clara e seus discípulos o seguiram...
Era irmão da natureza e dos animais,
e na passagem do advento do Natal,
montava presepes, para louvar
o natalício do Menino Jesus.
terça-feira, 1 de setembro de 2015
sábado, 29 de agosto de 2015
sábado, 22 de agosto de 2015
Índia
Sinto o chapinhar das águas do rio sagrado,
Como o poeta Tagore descreveu em seus versos místicos.
O Ganges Sagrado dispersa as cinzas dos corpos
dos Brâmanes e das castas,
Cremados em sua margem, com as essências do lenho verde
das doces mangueiras,
Multiplicando no solo fértil os edules frutos.
A Índia milenar cultua suas divindades nos altares familiares,
Certos de que a Verdade venha dos sentidos,
e que tudo já preexiste,
Certos de que a riqueza material não é superior
à riqueza espiritual.
A espiritualidade da Índia nos legou Gandhi para a humanidade,
Nos legou Madre Tereza de Calcutá para a caridade.
Sinto o chapinhar das águas do rio sagrado,
Como o poeta Tagore descreveu em seus versos místicos.
O Ganges Sagrado dispersa as cinzas dos corpos
dos Brâmanes e das castas,
Cremados em sua margem, com as essências do lenho verde
das doces mangueiras,
Multiplicando no solo fértil os edules frutos.
A Índia milenar cultua suas divindades nos altares familiares,
Certos de que a Verdade venha dos sentidos,
e que tudo já preexiste,
Certos de que a riqueza material não é superior
à riqueza espiritual.
A espiritualidade da Índia nos legou Gandhi para a humanidade,
Nos legou Madre Tereza de Calcutá para a caridade.
terça-feira, 11 de agosto de 2015
segunda-feira, 10 de agosto de 2015
Velho Alquimista
Velho Alquimista, Raul,
O que trazes no teu velho baú?
Seria o cálice do Santo Graal,
Ou seria a Pedra Filosofal?
Seriam antigos candelabros,
Ou seria os mistérios dos velhos Sábios?
Seriam afiados dentes de tubarão,
Ou seria a filosofia de Schopenhauer?...
Velho Alquimista Raul,
As bestas do apocalipse
Já estão vomitando,
Pois o último trem
Já está chegando.
Velho Alquimista, Raul,
O que trazes no teu velho baú?
Seria o cálice do Santo Graal,
Ou seria a Pedra Filosofal?
Seriam antigos candelabros,
Ou seria os mistérios dos velhos Sábios?
Seriam afiados dentes de tubarão,
Ou seria a filosofia de Schopenhauer?...
Velho Alquimista Raul,
As bestas do apocalipse
Já estão vomitando,
Pois o último trem
Já está chegando.
sexta-feira, 7 de agosto de 2015
#LinguaAikanã*
nûje dirikadekiizaê
keza dirikadekiiharekaê
didineriodê
didirikapeê.
coloquei um remendo na roupa,
vou colocar um remendo na casa,
o céu está nublado,
o chão está sujo de terra.
hiba hayine dirikapeê
dirikariê
ewarimeê, diriri'ê!
emiikameê!
sentei naquela pedra,
estou sentado,
você está em pé, sente-se!
repousa!
ite erioakê
tara erioariheê
amãete arime erioaheê
i'iweye xerikaê
erioakadiikaê
erikamukezazahaê
derikamuê
derinema hina biite erioaxataxanaê.
eu vivo aqui,
há muitos bichos na mata,
a anta vive na mata,
nós temos medo de onça...
fiquei para trás...
a onça me espantou,
tenho medo de ir lá,
não ficaremos aqui amanhã!
*Dicionário da Língua Aikanã
nûje dirikadekiizaê
keza dirikadekiiharekaê
didineriodê
didirikapeê.
coloquei um remendo na roupa,
vou colocar um remendo na casa,
o céu está nublado,
o chão está sujo de terra.
hiba hayine dirikapeê
dirikariê
ewarimeê, diriri'ê!
emiikameê!
sentei naquela pedra,
estou sentado,
você está em pé, sente-se!
repousa!
ite erioakê
tara erioariheê
amãete arime erioaheê
i'iweye xerikaê
erioakadiikaê
erikamukezazahaê
derikamuê
derinema hina biite erioaxataxanaê.
eu vivo aqui,
há muitos bichos na mata,
a anta vive na mata,
nós temos medo de onça...
fiquei para trás...
a onça me espantou,
tenho medo de ir lá,
não ficaremos aqui amanhã!
*Dicionário da Língua Aikanã
quinta-feira, 6 de agosto de 2015
sexta-feira, 31 de julho de 2015
quinta-feira, 23 de julho de 2015
Onde Estiver
Onde estiver, nunca me sentirei sozinho:
Plantarei um jardim e cuidarei, para que
Não murchem as flores, nem sequem as folhas;
Então virão os pássaros cantores e os alimentarei,
Virão os insetos atraídos pelo néctar das flores,
Virá a chuva e os ventos a balouçar ramos...
Então sentirei o aroma das flores
E não me sentirei sozinho.
Onde estiver, nunca me sentirei sozinho:
Plantarei um jardim e cuidarei, para que
Não murchem as flores, nem sequem as folhas;
Então virão os pássaros cantores e os alimentarei,
Virão os insetos atraídos pelo néctar das flores,
Virá a chuva e os ventos a balouçar ramos...
Então sentirei o aroma das flores
E não me sentirei sozinho.
quarta-feira, 22 de julho de 2015
terça-feira, 21 de julho de 2015
segunda-feira, 20 de julho de 2015
sábado, 18 de julho de 2015
Fujo da paz furiosa da cidade
E me refugio na margem calma do rio:
Enquanto as águas passam arrastando
As imundícies da cidade,
O rio corre indubitavelmente
Sobre seu leito manso,
Levando consigo uma esperança, de que
Alguma semente brotará em algum remanso;
Fujo do mundo, lá fora
E me refugio na caverna interior:
Quero a paz do silêncio,
Busco refugio na solidão,
Mas não me sinto só;
Me sinto em paz!
E me refugio na margem calma do rio:
Enquanto as águas passam arrastando
As imundícies da cidade,
O rio corre indubitavelmente
Sobre seu leito manso,
Levando consigo uma esperança, de que
Alguma semente brotará em algum remanso;
Fujo do mundo, lá fora
E me refugio na caverna interior:
Quero a paz do silêncio,
Busco refugio na solidão,
Mas não me sinto só;
Me sinto em paz!
terça-feira, 14 de julho de 2015
A Velha Casa
Vejam,
Aquela velha casa abandonada,
Com as janelas e as portas cerradas!...
Para onde foram as pessoas
que ali viviam?
Será que conquistaram novas terras?
Será que levavam consigo,
esperanças ou desilusões?
Será que um dia retornarão
a este local ermo?
Será que a velha casa resistirá ao tempo?
Ou será que restarão apenas ruínas...
Vejam,
Aquela velha casa abandonada,
Com as janelas e as portas cerradas!...
Para onde foram as pessoas
que ali viviam?
Será que conquistaram novas terras?
Será que levavam consigo,
esperanças ou desilusões?
Será que um dia retornarão
a este local ermo?
Será que a velha casa resistirá ao tempo?
Ou será que restarão apenas ruínas...
Primavera
Há um deslumbramento de cores e tons,
Então há o jardim,
E há o burburinho dos pássaros.
Há fragrâncias exalando pelo ar,
São as Musas exalando seus perfumes,
Há um rufar de asas, um ciciar,
São as Ninfas confabulando,
Disfarçadas de borboletas.
Os zangões emasculam as espigas,
São Sátiros disfarçados,
Assediando as ninfas.
Há um deslumbramento de cores e tons,
Então há o jardim,
E há o burburinho dos pássaros.
Há fragrâncias exalando pelo ar,
São as Musas exalando seus perfumes,
Há um rufar de asas, um ciciar,
São as Ninfas confabulando,
Disfarçadas de borboletas.
Os zangões emasculam as espigas,
São Sátiros disfarçados,
Assediando as ninfas.
segunda-feira, 13 de julho de 2015
sábado, 11 de julho de 2015
quarta-feira, 8 de julho de 2015
sexta-feira, 3 de julho de 2015
domingo, 28 de junho de 2015
MPB
Raul, a tua voz sempre será
Afiada como dente de tubarão.
Cazuza, a voz emblemática
Deste país enigmático.
Renato, a tua revolta
É nossa indignação...
Chiquinha (Gonzaga),
Além de seu tempo;
Pixinguinha, um Clássico;
Erivelto, Adoniran,
Cartola, Noel Rosas,
Zé Keti, Moreira da
Silva, Tom Jobim,
Vinicius, Gozaguinha
(Luiz), Jackson do
Pandeiro, Cássia Eller...
Compõem a Grande
Lista, dos que já se
Foram...
Raul, a tua voz sempre será
Afiada como dente de tubarão.
Cazuza, a voz emblemática
Deste país enigmático.
Renato, a tua revolta
É nossa indignação...
Chiquinha (Gonzaga),
Além de seu tempo;
Pixinguinha, um Clássico;
Erivelto, Adoniran,
Cartola, Noel Rosas,
Zé Keti, Moreira da
Silva, Tom Jobim,
Vinicius, Gozaguinha
(Luiz), Jackson do
Pandeiro, Cássia Eller...
Compõem a Grande
Lista, dos que já se
Foram...
sexta-feira, 26 de junho de 2015
quinta-feira, 25 de junho de 2015
terça-feira, 16 de junho de 2015
Mussambê
Libertas qual será támen .
A vida se desenrolava
Naquelas paragens desoladas,
Premida entre medos e lendas,
Aquela gente era engendrada,
Os folguedos e os apetrechos
Pelos os mesmos eram forjados,
Os espectros na luminosidade,
Por ruas empoeiradas caminhavam...
Os saltimbancos o pequeno circo anunciavam,
O velho leão enjaulado desfilavam,
Os retirantes à pé passavam,
À sombra da figueira repousavam,
Os ciganos em lonas acampados,
O sino na capela repicava,
Um céu de anjinho anunciava...
Presas às sebes as alimárias descansavam
As vivendas e as casas geminadas,
Nas soleiras os pedintes mendigavam,
A honra no fio da navalha,
Exangue a vítima agonizava,
Entre barracas de víveres,
Os homens faziam escambos,
Outros arriscavam a sorte no carteado,
No alpendre os bodes eram esfolados,
No cimo os grifos sobrevoavam,
O Alquimista sem pudor alardeava,
As falsas virtudes do emplastro,
Para a gente crédula que cerceava,
Havia o índio dançarino da praça,
Havia o escrevinhador de cartas,
Havia o enfeitiçador de cobras,
Havia o domador de cavalos,
Porém os muares recalcitravam,
Os asnos se resignavam...
Montados nas cavalgaduras viajavam,
Nos alforjes o farnel levavam,
Em caravanas para o Santuário partiam,
As últimas esperanças
Daquela gente estropiada,
No imaginário a memória viva do cangaço
E das estiagens históricas que assolaram,
O Menestrel entoava os versos,
O aboio e as cantorias ecoavam,
Os cavalheiros e os ginetes encilhados,
As novas gerações se metamorfoseavam,
Como sátiros nos bosques virilizados,
No Paço Municipal o Ouvidor discursava,
Falando num linguajar errado,
A horda famélica sitiava,
A urbe em pavorosa em transe entrava,
A política local conspirava,
Entre escaramuças e ciladas,
A ave rapasse espreitava a cria,
A víbora sibilava atrás da silva,
O sol mergulhava no nadir,
A estepe abrasava em fogo...
Mas algo pressuroso aconteceu...
Na borda úmida do açude,
A flor branca do mussambê floresceu,br /> Que as mulheres suas madeixas enfeitavam,
As roupas quaravam nos varais,
A andorinha Lanvandeira adejava...
As latrinas abertas infectavam,
Muitas vidas eram dizimadas,
Os Macróbios vegetavam,
O Hierofante profetizava,
Os manuscritos nos incunábulos selados,
Os Arcontes sentenciavam,
Os Taumaturgos curavam,
As Vestais entoavam os cânticos,
As Benzendeiras rezavam...
Libertas qual será támen .
A vida se desenrolava
Naquelas paragens desoladas,
Premida entre medos e lendas,
Aquela gente era engendrada,
Os folguedos e os apetrechos
Pelos os mesmos eram forjados,
Os espectros na luminosidade,
Por ruas empoeiradas caminhavam...
Os saltimbancos o pequeno circo anunciavam,
O velho leão enjaulado desfilavam,
Os retirantes à pé passavam,
À sombra da figueira repousavam,
Os ciganos em lonas acampados,
O sino na capela repicava,
Um céu de anjinho anunciava...
Presas às sebes as alimárias descansavam
As vivendas e as casas geminadas,
Nas soleiras os pedintes mendigavam,
A honra no fio da navalha,
Exangue a vítima agonizava,
Entre barracas de víveres,
Os homens faziam escambos,
Outros arriscavam a sorte no carteado,
No alpendre os bodes eram esfolados,
No cimo os grifos sobrevoavam,
O Alquimista sem pudor alardeava,
As falsas virtudes do emplastro,
Para a gente crédula que cerceava,
Havia o índio dançarino da praça,
Havia o escrevinhador de cartas,
Havia o enfeitiçador de cobras,
Havia o domador de cavalos,
Porém os muares recalcitravam,
Os asnos se resignavam...
Montados nas cavalgaduras viajavam,
Nos alforjes o farnel levavam,
Em caravanas para o Santuário partiam,
As últimas esperanças
Daquela gente estropiada,
No imaginário a memória viva do cangaço
E das estiagens históricas que assolaram,
O Menestrel entoava os versos,
O aboio e as cantorias ecoavam,
Os cavalheiros e os ginetes encilhados,
As novas gerações se metamorfoseavam,
Como sátiros nos bosques virilizados,
No Paço Municipal o Ouvidor discursava,
Falando num linguajar errado,
A horda famélica sitiava,
A urbe em pavorosa em transe entrava,
A política local conspirava,
Entre escaramuças e ciladas,
A ave rapasse espreitava a cria,
A víbora sibilava atrás da silva,
O sol mergulhava no nadir,
A estepe abrasava em fogo...
Mas algo pressuroso aconteceu...
Na borda úmida do açude,
A flor branca do mussambê floresceu,br /> Que as mulheres suas madeixas enfeitavam,
As roupas quaravam nos varais,
A andorinha Lanvandeira adejava...
As latrinas abertas infectavam,
Muitas vidas eram dizimadas,
Os Macróbios vegetavam,
O Hierofante profetizava,
Os manuscritos nos incunábulos selados,
Os Arcontes sentenciavam,
Os Taumaturgos curavam,
As Vestais entoavam os cânticos,
As Benzendeiras rezavam...
domingo, 14 de junho de 2015
sexta-feira, 12 de junho de 2015
terça-feira, 9 de junho de 2015
domingo, 7 de junho de 2015
Setembro
A terra ressequida e o mato cinzento,
Os troncos retorcidos e os ramos espinhentos,
As sebes margeando os caminhos poeirentos,
Me lembram, o vento e a palha de setembro;
As gípsias capelas e as pequenas casas,
Dispersas nos confins da paisagem árida,
As cigarras zumbindo no meio dia trêmulo...
Tudo lembra, o vento e a palha de setembro.
A terra ressequida e o mato cinzento,
Os troncos retorcidos e os ramos espinhentos,
As sebes margeando os caminhos poeirentos,
Me lembram, o vento e a palha de setembro;
As gípsias capelas e as pequenas casas,
Dispersas nos confins da paisagem árida,
As cigarras zumbindo no meio dia trêmulo...
Tudo lembra, o vento e a palha de setembro.
sábado, 6 de junho de 2015
quinta-feira, 4 de junho de 2015
quarta-feira, 3 de junho de 2015
Vejo o mar à minha frente, vasto mar,
Saudades e lembranças, distantes vagam,
Vagas ondas, em brumas se desfazem;
Enormes blocos de nuvens sobre o mar.
Enquanto o sol posto, fortes cores traça,
O sopro constante dos ventos, na tarde ardente
Tecem cabelos enovelados na relva da praia;
Vagas lembranças me trazem o mar...
Saudades e lembranças, distantes vagam,
Vagas ondas, em brumas se desfazem;
Enormes blocos de nuvens sobre o mar.
Enquanto o sol posto, fortes cores traça,
O sopro constante dos ventos, na tarde ardente
Tecem cabelos enovelados na relva da praia;
Vagas lembranças me trazem o mar...
terça-feira, 2 de junho de 2015
domingo, 31 de maio de 2015
sábado, 30 de maio de 2015
quinta-feira, 28 de maio de 2015
Carlitos
Doce vagabundo, Carlitos,
Com chapéu coco e a bengala,
Perambulava, pelas ruas e becos do arrabalde;
No velho fraque, levava as migalhas.
Inepto para o trabalho, porém,
Tinha a docilidade suficiente para,
Confortar a pobre jovem infeliz,
Para adotar o garoto abandonado,
E para aquecer o frio,
Dos pobres vira-latas.
Doce vagabundo, Carlitos,
Com chapéu coco e a bengala,
Perambulava, pelas ruas e becos do arrabalde;
No velho fraque, levava as migalhas.
Inepto para o trabalho, porém,
Tinha a docilidade suficiente para,
Confortar a pobre jovem infeliz,
Para adotar o garoto abandonado,
E para aquecer o frio,
Dos pobres vira-latas.
quarta-feira, 27 de maio de 2015
terça-feira, 26 de maio de 2015
Riacho Seco
A esperança era como o leito de um riacho seco,
Que se cavava, cavava, e nunca secava,
E cada ano no céu uma nova Estela surgia,
Na estepe os caminhos se encontravam,
Os mesmos pleitos quase sempre repetidos,
Os augúrios e os louros do ano vindouro...
E um vento norte pressuroso soprava
E tão logo a enxurrada inopinada passasse,
O leito do riacho novamente secaria.
A esperança era como o leito de um riacho seco,
Que se cavava, cavava, e nunca secava,
E cada ano no céu uma nova Estela surgia,
Na estepe os caminhos se encontravam,
Os mesmos pleitos quase sempre repetidos,
Os augúrios e os louros do ano vindouro...
E um vento norte pressuroso soprava
E tão logo a enxurrada inopinada passasse,
O leito do riacho novamente secaria.
segunda-feira, 25 de maio de 2015
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