sexta-feira, 31 de julho de 2015

Quarto de Lua



Manhã de abril,
Céu de anil,
Através da vidraça,
A luz irradia
Nosso quarto;


A lua branca
E o teu corpo nu,
Se confundem,
No firmamento azul
Dos lençóis 




quinta-feira, 23 de julho de 2015

Onde Estiver


Onde estiver, nunca me sentirei sozinho:
Plantarei um jardim e cuidarei, para que
Não murchem as flores, nem sequem as folhas;
Então virão os pássaros cantores e os alimentarei,
Virão os insetos atraídos pelo néctar das flores,
Virá a chuva e os ventos a balouçar ramos...
Então sentirei o aroma das flores
E não me sentirei sozinho.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

A Linguagem do Amor



A linguagem do amor
É como a linguagem dos surdos,
Para poder compreende-la,
É preciso entender os seus sinais,
Pois ela se traduz mais pelos gestos
E o olhar, do que por palavras,
Quando sonho contigo acordado
Logo vem na mente a tua imagem
Aquele decote preferido
O cabelo em desalinho
O olhar de águas cristalinas
E o teu charme que fascina.
Como você é bela!
Como você é linda
O teu sorriso fascina
O teu charme discreto
O teu jeito simples
Você encarna a perfeição
Da beleza feminina.

Brigamos
Mas porque acabarmos tudo agora
Se estamos apenas começando
Mesmo após tantos anos
Cada vez recomeçamos
Cada vez que brigamos
O amor vai aumentando
O nosso amor não tem tamanho

Tempo



Tempo para nascer,
Tempo para crescer,
Tempo para sorrir,
Tempo para florir,
Tempo tão-efêmero;
Tempo para viver...

Avós



Vô Enoque era caboclo,
Vó Laura era branca,
Vó Ana morreu de parto,
Vó Antonia era madrasta ;
Vô Chiquinho Leal,
De Ray ban original.

terça-feira, 21 de julho de 2015

Os Pássaros



Me fascinam, imensamente, os pássaros...
A diversidade de plumagens e cantos,
A simetria das cores,
O vigor físico ao alçar o voo,
A leveza no sobrevoo,
E o espírito de liberdade que fascina.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Cidade Tórrida


A cidade arde sob o sol do meio dia,
Labaredas de vapor sobem das calçadas,
Os telhados de amianto, quase em chamas,
As pessoas se refugiam nas pequenas casas;
Na cidade tórrida não existem árvores.

sábado, 18 de julho de 2015

John


John,
Eu imagino um mundo sem fronteiras,
Um mundo sem guerras,
Um mundo de paz.
Um mundo com mais solidariedade,
Um mundo com mais amor;
Eu imagino um mundo melhor.

Fujo da paz furiosa da cidade
E me refugio na margem calma do rio:

Enquanto as águas passam arrastando
As imundícies da cidade,

O rio corre indubitavelmente
Sobre seu leito manso,

Levando consigo uma esperança, de que
Alguma semente brotará em algum remanso;



Fujo do mundo, lá fora
E me refugio na caverna interior:
Quero a paz do silêncio,
Busco refugio na solidão,
Mas não me sinto só;
Me sinto em paz!


terça-feira, 14 de julho de 2015

A Velha Casa


Vejam,
Aquela velha casa abandonada,
Com as janelas e as portas cerradas!...
Para onde foram as pessoas
que ali viviam?
Será que conquistaram novas terras?
Será que levavam consigo,
esperanças ou desilusões?
Será que um dia retornarão
a este local ermo?
Será que a velha casa resistirá ao tempo?
Ou será que restarão apenas ruínas...

Primavera


Há um deslumbramento de cores e tons,
Então há o jardim,
E há o burburinho dos pássaros.
Há fragrâncias exalando pelo ar,
São as Musas exalando seus perfumes,
Há um rufar de asas, um ciciar,
São as Ninfas confabulando,
Disfarçadas de borboletas.
Os zangões emasculam as espigas,
São Sátiros disfarçados,
Assediando as ninfas.


segunda-feira, 13 de julho de 2015

Se o pensamento parasse,
Se o corpo levitasse,
Se os ventos soprassem,
Se o mar revolto acalmasse,
Se a chuva murmurasse,
Se as estrelas calassem;
Se o tempo parasse...

sábado, 11 de julho de 2015

 Jardim das Acácias


Quero descansar no Jardim das Acácias,
Caminhar descalço sobre a relva.
Respirar a suave brisa da manhã,
Mergulhar na água límpida da fonte.
Quero dormir e acordar
No Jardim das Acácias,
Lá não existe tempo e nem horas,
No Jardim das Acácias
Eu tenho paz.
Fim de semana na periferia,
O futebol no campinho,
Os meninos soltam pipas,
Os fiéis cantam hinos,
Pessoas indo e vindo.
Homens bebendo no bolicho,
Os cães vadios removem o lixo.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Transe



Fogo de fornalha      quente
Chão de brasas        ardente
Mãos e pés              dormentes
E mente                   demente.
Mergulhei no azul dos teus olhos,
Como o azul de uma límpida piscina,
Debati, nadei, tentei sair,
Mas foi em vão;
Me afoguei no teu olhar...

A operária



A tez lívida, e púrpura
Contrastava,
Com a camponesa robusta,
Que ora pouco trabalhava.
Morreu pobre,
Sem assistência,
Semialfabetizada.
Tinha sonhos,
Mas foram todos
Soterrados...

sexta-feira, 3 de julho de 2015

A cor Púrpura



Gente de tez púrpura,
De fibra resistente,
Gente generosa
Que tudo suporta;
Mas não se dobra.