domingo, 28 de junho de 2015

O Sal de Minas



Minas das minas gerais,
O sal e a terra de Minas,
Negro pobre, mulatos e índios,
A opressão, é a escravidão
De nossos dias...
Minas, quanto do teu sal
Veio do suor das minas?




MPB



Raul, a tua voz sempre será
Afiada como dente de tubarão.
Cazuza, a voz emblemática
Deste país enigmático.
Renato, a tua revolta
É nossa indignação...
Chiquinha (Gonzaga),
Além de seu tempo;
Pixinguinha, um Clássico;
Erivelto, Adoniran,
Cartola, Noel Rosas,
Zé Keti, Moreira da
Silva, Tom Jobim,
Vinicius, Gozaguinha
(Luiz), Jackson do
Pandeiro, Cássia Eller...
Compõem a Grande
Lista, dos que já se
Foram...




sexta-feira, 26 de junho de 2015

Onde houver um jardim,
Haverão flores,
Haverá cores,
Haverá insetos
Polinizando as flores,
Haverá frescor...
Haverão borboletas coloridas,
Sugando o néctar,
Refletindo as cores;
Haverá o verde:
Haverá vida.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

África



Baobás sagrados,
Savanas, safáris
Negro pobre,
Escravidão,
Genocídio.
Cartola,
Bob Marley,
Tambores,
Lamento.
Zumbi,
Luther King,
Mandela...
Resistência..

terça-feira, 16 de junho de 2015

O tempo passa
E as pessoas vão,
Mas a vida fica.
Daquela vida fatigada,
Ficaram as lembranças,
Ficou a casa
Com seu poço verde,
Ficou o jardim,
E ficaram os pássaros
Cantando...
Mussambê


Libertas qual será támen .
A vida se desenrolava
Naquelas paragens desoladas,
Premida entre medos e lendas,
Aquela gente era engendrada,
Os folguedos e os apetrechos
Pelos os mesmos eram forjados,
Os espectros na luminosidade,
Por ruas empoeiradas caminhavam...
Os saltimbancos o pequeno circo anunciavam,
O velho leão enjaulado desfilavam,
Os retirantes à pé passavam,
À sombra da figueira repousavam,
Os ciganos em lonas acampados,
O sino na capela repicava,
Um céu de anjinho anunciava...
Presas às sebes as alimárias descansavam
As vivendas e as casas geminadas,
Nas soleiras os pedintes mendigavam,
A honra  no fio da navalha,
Exangue a vítima agonizava,
Entre barracas de víveres,
Os homens faziam escambos,
Outros arriscavam a sorte no carteado,
No alpendre os bodes eram esfolados,
No cimo os grifos sobrevoavam,
O Alquimista sem pudor alardeava,
As falsas virtudes do emplastro,
Para a gente crédula que cerceava,
Havia o índio dançarino da praça,
Havia o escrevinhador de cartas,
Havia o enfeitiçador de cobras,
Havia o domador de cavalos,
Porém os muares recalcitravam,
Os asnos se resignavam...
Montados nas cavalgaduras viajavam,
Nos alforjes o farnel levavam,
Em caravanas para o Santuário  partiam,
As últimas esperanças
Daquela gente estropiada,
No imaginário a memória viva do cangaço
E das estiagens históricas que assolaram,
O Menestrel entoava os versos,
O aboio e as cantorias ecoavam,
Os cavalheiros e os ginetes encilhados,
As novas gerações se metamorfoseavam,
Como sátiros nos bosques virilizados,
No Paço Municipal o Ouvidor discursava,
Falando num linguajar errado,
A horda famélica sitiava,
A urbe em pavorosa em transe entrava,
A política local conspirava,
Entre escaramuças e ciladas,
A ave rapasse espreitava a cria,
A víbora sibilava atrás da silva,
O sol mergulhava no nadir,
A estepe abrasava em fogo...
Mas algo pressuroso  aconteceu...
Na borda úmida do açude,
A flor branca do mussambê floresceu,br /> Que as mulheres suas madeixas enfeitavam,
As roupas quaravam nos varais,
A andorinha Lanvandeira adejava...
As latrinas abertas infectavam,
Muitas vidas eram dizimadas,
Os Macróbios vegetavam,
O Hierofante profetizava,
Os manuscritos nos incunábulos selados,
Os Arcontes sentenciavam,
Os Taumaturgos curavam,
As Vestais entoavam os cânticos,
As Benzendeiras rezavam...











Cidade da Paz


Na cidade da paz, não existem muros,
Não há fome, frio, nem abandono;
Não há assaltos, nem violências;
Nela prevalece a paz,
Nela predomina a justiça.

domingo, 14 de junho de 2015

Se pudesse roubava te um beijo,
Entraria furtivamente no teu quarto,
Fugiríamos para um lugar distante...
Cometeria desatinos, nem que fosse,
Prá ficar contigo, apenas um instante.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Quero cantar o amor sem dor.
Sem mágoas, sem ressentimentos:
O amor compartilhado,
O amor vivenciado;
O verdadeiro amor.

 Reprise


Quero a reprise desse amor,
Te mar como daquela vez,
Sentir de novo aquele perfume,
Mergulhar no teu seio,
Me envolver em volúpias,
Me embriagar, perder o rumo...
Quero você de volta para mim.

Encantamento



Parece que há um encantamento,
Quando sinto a tua presença:
O céu escuro volta a brilhar,
Uma fragrância se espelha pelo ar,
As águas revoltas serenam,
Acalma a fúria dos ventos;
Quando você está presente.

terça-feira, 9 de junho de 2015

I saw


I saw a beggar solding one crucifix
And  Christ was more unhappy.
I saw Jimi in cloud
And I saw Michael desolation.
I saw Marley annoyed,
And I saw John killed,
I saw,



Primeiras Águas


Nuvens escuras se formam com o mormaço,
Raios e trovões agitam a tarde,
Depois vem a chuva, e tudo se acalma...


O cheiro da terra molhada,
Traduz a alma lavada,
E as esperanças se renovam,
Com a chegada das primeira águas.

domingo, 7 de junho de 2015

 Setembro


 A terra ressequida e o mato cinzento,
Os troncos retorcidos e os ramos espinhentos,
As sebes margeando os caminhos poeirentos,
Me lembram, o vento e a palha de setembro;


As gípsias capelas e as pequenas casas,
Dispersas nos confins da paisagem árida,
As cigarras zumbindo no meio dia trêmulo...
Tudo lembra, o vento e a palha de setembro.



sábado, 6 de junho de 2015

Catarse


Sinto catarse, o meu corpo freme,
Sem ferida, sangra, por que será?
Será a dor do Outro,
Que dói em mim?...


Mas alma pede refrigérios,
Quero a grama fresca,
A brisa, o jardim,
A chuva púrpura
E o arco-íris de neon,
A substância pura
De ossos calcinados.
          

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Blue Planet



I hope the peace of children smiling,
I hope one word without war,
I hope one world without hanger,
Without pollution, without ambiental degradation,
I hope this planet every blue.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

A solidão do universo infinito,
A solidão das estrelas,
A solidão das noites frias,
A solidão do quarto vazio;
A solidão dos esquecidos.
Viagens



Quando é noite enluarada,
Me embriago,
Flutuo no ar,
Faço longas viagens...

Sobrevoo montanhas geladas,
Mergulho em mornas cachoeiras.
Caminhos sobre as ondas do mar
E vagueio entre campos verdejantes.
Vejo o mar à minha frente, vasto mar,
Saudades e lembranças, distantes vagam,
Vagas ondas, em brumas se desfazem;
Enormes blocos de nuvens sobre o mar.


Enquanto o sol posto, fortes cores traça,
O sopro constante dos ventos, na tarde ardente
Tecem cabelos enovelados na relva da praia;
Vagas lembranças me trazem o mar...


terça-feira, 2 de junho de 2015

Índigo



Não importa o tempo
Sigo com meu índigo
Pela estrada
Sigo devagar
Sem saber ao certo
Onde vou chegar
Não importa o tempo
Sigo com meu índigo
Em qualquer lugar
Minha pele queima
Mas sigo sem pressa
Sem saber ao certo
Onde vou chegar