Pobre cão
Pobre cão ferido,
de olhar triste,
nos destes o incondicional amor.
Se te abandonamos, é porque
somos incapazes de amar
a outrem...
Abandonamos as crianças,
abandonamos nossos pais.
abandonamos nossos irmãos
também.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2016
quinta-feira, 6 de outubro de 2016
sexta-feira, 30 de setembro de 2016
quarta-feira, 21 de setembro de 2016
domingo, 28 de agosto de 2016
quinta-feira, 21 de julho de 2016
terça-feira, 5 de julho de 2016
segunda-feira, 4 de julho de 2016
Germinal
Sou refugiado da seca,
de vastas imensidões
e poços de água lodacenta;
viajei em cavalgaduras,
no sertão do Piauí...
As estiagens persistiam,
mas os esquecidos da sorte
resistiam; outros, porém, decidiam
imigrar e retornarem sazonalmente,
quando as esposas grávidas
davam a luz a seus rebentos;
como tênues fios de esperança.
Haviam tiranias e rapinagens;
sobreviver exigia coragem.
Sou refugiado da seca,
de vastas imensidões
e poços de água lodacenta;
viajei em cavalgaduras,
no sertão do Piauí...
As estiagens persistiam,
mas os esquecidos da sorte
resistiam; outros, porém, decidiam
imigrar e retornarem sazonalmente,
quando as esposas grávidas
davam a luz a seus rebentos;
como tênues fios de esperança.
Haviam tiranias e rapinagens;
sobreviver exigia coragem.
sexta-feira, 24 de junho de 2016
Vincent
Vejo um sol radiante
e um campo de girassóis,
e pássaros azul-ferrete
sobre o fundo azul cobalto,
Vejo feixes de fenos, dispersos
no cinéreo campo no outono,
Vejo a pequena ermida
e os famélicos descascadores
de batatas, saciando a fome,
Vejo a tísica modelo
com hemoptise...
Vejo a Pensão Amarela
e o precário restaurante
La Cordérie,
Vejo o quarto de dormir,
com os tamancos holandeses
embaixo do catre; o chão
de lastros, o abajur azul
sobre o criado mudo,
e a gélida veneziana,
Vejo os fortes traços batavo.
no auto retrato, com
barba ruiva,
Vejo lavadeiras embaixo
da ponte, estendendo
coloridos lençóis...
Vincent,
pouquíssimos o compreenderam,
como são poucos os que vivem
além de seu tempo.
Vejo um sol radiante
e um campo de girassóis,
e pássaros azul-ferrete
sobre o fundo azul cobalto,
Vejo feixes de fenos, dispersos
no cinéreo campo no outono,
Vejo a pequena ermida
e os famélicos descascadores
de batatas, saciando a fome,
Vejo a tísica modelo
com hemoptise...
Vejo a Pensão Amarela
e o precário restaurante
La Cordérie,
Vejo o quarto de dormir,
com os tamancos holandeses
embaixo do catre; o chão
de lastros, o abajur azul
sobre o criado mudo,
e a gélida veneziana,
Vejo os fortes traços batavo.
no auto retrato, com
barba ruiva,
Vejo lavadeiras embaixo
da ponte, estendendo
coloridos lençóis...
Vincent,
pouquíssimos o compreenderam,
como são poucos os que vivem
além de seu tempo.
quarta-feira, 22 de junho de 2016
terça-feira, 21 de junho de 2016
- Mitos
O amor é um fio invisível
que nos prende;
como algo que nos surpreende
bruscamente.
Quando Apolo, apaixonado,
a perseguiu; Dafne, aflita, afim de escapar-se, suplicou ao seu pai, Peneu, que a metarmoseou em um loureiro
na margem do rio.
A feiticeira Circe, transformou
os homens de Ulisses em porcos,
para força-lo a ceder-lhe o seu
amor.
Édipo sentindo-se culpado,
por ter cometido incesto com
sua mãe, Jocasta, e por ter
assassinado seu pai, Laio; ficou
cego, mutilando os próprios
olhos.
Ariadne dera o novelo de fio
a Teseu, para que este retornasse
a seu regaço,
Cupido fora flechado por
Psique...
Quantas vezes sentimos a alma
distraída pelos sentimentos?
sexta-feira, 3 de junho de 2016
Olhai os lírios
Olhai os lírios dos campos,
Quão suave é seu perfume,
A pequena fonte que jorra
incessante;
Os germes fertilizam a terra
em silêncio.
Olhai as aves do céu,
que não tecem nem plantam;
A diminuta semente de mostarda,
transforma-se em uma enorme árvore,
onde as aves guardam os ninhos...
Olhai como a vida é simples,
Quando há generosidade.
Olhai os lírios dos campos,
Quão suave é seu perfume,
A pequena fonte que jorra
incessante;
Os germes fertilizam a terra
em silêncio.
Olhai as aves do céu,
que não tecem nem plantam;
A diminuta semente de mostarda,
transforma-se em uma enorme árvore,
onde as aves guardam os ninhos...
Olhai como a vida é simples,
Quando há generosidade.
terça-feira, 31 de maio de 2016
sexta-feira, 22 de abril de 2016
segunda-feira, 11 de abril de 2016
sexta-feira, 4 de março de 2016
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016
terça-feira, 23 de fevereiro de 2016
sábado, 20 de fevereiro de 2016
terça-feira, 16 de fevereiro de 2016
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016
terça-feira, 2 de fevereiro de 2016
Querido Pet
Quantas vezes nos surpreendestes
a nos observar atentamente,
enquanto estávamos distraídos?
E nos mirava com olhar profundo,
como se lesse nossos pensamentos...
Convivestes conosco por um breve
tempo; como tudo é breve nesta vida,
Mas nos deixastes ternas lembranças...
E como último legado,
enterramos teus despojos no jardim,
junto do tronco enegrecido
da amoreira caída,
derrubada pela tempestade,
a servir de lápide.
Quantas vezes nos surpreendestes
a nos observar atentamente,
enquanto estávamos distraídos?
E nos mirava com olhar profundo,
como se lesse nossos pensamentos...
Convivestes conosco por um breve
tempo; como tudo é breve nesta vida,
Mas nos deixastes ternas lembranças...
E como último legado,
enterramos teus despojos no jardim,
junto do tronco enegrecido
da amoreira caída,
derrubada pela tempestade,
a servir de lápide.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2016
Sinfonia
É admirável, como uma frágil plântula
possa germinar em meio aos seichos,
em um solo aparentemente estéril!
Onde repousa seu ninho o grou
solitário?
Há mais obscuridades e mistérios,
do que podemos imaginar...
Quando observamos profundamente
a natureza, encontramos a nossa
própria essência,
Os minúsculos vermes da terra
e os infinitésimos átomos, fazem
parte do infinito Universo,
As palmas produzem fibras,
que os passarinhos tecem os ninhos,
Há tanta grandeza em uma tenra flor,
quanto em uma estrela distante...
Por trás de um aparente caos,
há uma perfeita harmonia,
como uma bela Sinfonia.
É admirável, como uma frágil plântula
possa germinar em meio aos seichos,
em um solo aparentemente estéril!
Onde repousa seu ninho o grou
solitário?
Há mais obscuridades e mistérios,
do que podemos imaginar...
Quando observamos profundamente
a natureza, encontramos a nossa
própria essência,
Os minúsculos vermes da terra
e os infinitésimos átomos, fazem
parte do infinito Universo,
As palmas produzem fibras,
que os passarinhos tecem os ninhos,
Há tanta grandeza em uma tenra flor,
quanto em uma estrela distante...
Por trás de um aparente caos,
há uma perfeita harmonia,
como uma bela Sinfonia.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
Loucos
Loucos!
Não percebem o que fazem,
Não percebem o abismo
sob seus pés,
Injuriam pesadas cargas,
Inclinam-se e se precipitam
cada vez mais,
Projetam inexpugnáveis escudos
e lançam venenosos petardos;
Tudo que tocam vira ouro...
Mas ainda irá levar um tempo,
para serem consumidos por
seus delírios.
Loucos!
Não percebem o que fazem,
Não percebem o abismo
sob seus pés,
Injuriam pesadas cargas,
Inclinam-se e se precipitam
cada vez mais,
Projetam inexpugnáveis escudos
e lançam venenosos petardos;
Tudo que tocam vira ouro...
Mas ainda irá levar um tempo,
para serem consumidos por
seus delírios.
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